quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Declutter

Destralhar a casa!
Arrisco dizer que todas nós, em dado momento, desesperamos com a bagunça instalada em nossas casas. O nível de tolerância para a desarrumação varia de pessoa para pessoa (há quem desanime com a bancada da cozinha suja, outros toleram bem não ter espaço para poisar mais um copo por lavar...), mas há um momento em que perdemos a compostura e só nos apetece bater a porta de casa e sair para a rua. "Longe da vista..."

Da minha experiência (que já é alguma e que sai fortemente reforçada pelo facto de a minha mãe sofrer de um distúrbio compulsivo-obsessivo para a limpeza/arrumação não diagnosticado - e digo isto com o maior dos carinhos ;-) e pelo que tenho lido sobre o tema, posso afirmar que o problema é termos coisas a mais e não, como se pensa, termos falta de "coisas" para organizar. Já repararam como sempre que nos disponibilizamos para dar uma "boa arrumação" a um espaço, invariavelmente apetece-nos sair para comprar umas caixas bonitas ou novos dossiers?

Ora minhas queridas, o nosso problema é tralha a mais e não caixas a menos.
Não tenho ilusões: eu gosto de bens materiais, de coisas bonitas e tendencialmente caras. É o meu karma! Não sou nem serei uma minimalista, na pura aceção da palavra, mas esforço-me para manter a coisa controlada "by keep it simple"!

Como é que eu destralho a minha casa?

1ª regra: não entrará mais tralha.
Sempre que sinto o impulso de comprar/trazer coisas novas para dentro de casa penso:
- Anais, precisas mesmo disto? (a resposta, aqui, é muitas vezes Sim, eu pre-ci-so de mais esta vela ou caixa)
- Anais, e estás disposta a perder o espaço na tua casa que este tareco vai ocupar e o tempo que vais gastar para o limpar? (aqui já começo a ter dúvidas... Menos espaço em casa e mais tempo a limpar o pó já me faz pousar o objeto, de novo, na prateleira da loja)
- Anais, e preferes levar esta caixa ou, com o dinheiro dela ires passear para uma praia paradisíaca? Minhas amigas, por esta altura eu já sai da loja e, tal qual o Tio Patinhas, imagino o saldo da minha conta bancária a crescer.

2ª regra: o que está a mais terá de sair.
Não há milagres: a tralha que fomos acumulando durante anos não vai sair, pelo seu pé, da nossa casa, temos de ser nós a livrar-nos dela. E aqui começa a nobre arte do desapego.
É um processo e, com isso, estou já a adiantar que não temos de nos desapegar de tudo ao mesmo tempo. Seguramente que temos bens dos quais nos conseguimos libertar sem grandes dúvidas ou sentimento de culpa: roupa que já não usamos e que pode ser útil a outros ("Meu Deus, onde é que eu tinha a cabeça quando comprei aquelas calças balão que fazem parecer que tenho um rabo enorme?), caixas e caixinhas que fomos acumulando para aquele projeto DIY para o qual nunca teremos tempo, o prato rachado na cozinha que teima em reaparecer para nos envergonhar perante os convidados (e tão prejudicial para o feng-shui) e tantos outros exemplos.
Outros objetos simplesmente temos necessidade de os manter por perto durante mais tempo: quantas vezes fui destralhando a casa, esbarrando over-and-over no mesmo tareco, mas ainda não me sentia preparada para abrir mão dele... Não vos serve de nada deitarem um objeto fora para, horas depois, estarem de rabo para o ar no caixote de lixo a tentarem reavê-lo.
 
Aos poucos vamos libertando-nos da coisas. Reforço, aos poucos! Da mesma forma que a tralha não entrou na nossa vida de um dia para o outro, não devemos definir como objetivo livrar-nos dela em uma tarde - não só é fisicamente impossível como nos vai deixar frustradas e com vontade de largar tudo da mão. Sugiro baby steps: hoje uma gaveta, amanhã o roupeiro, depois o frigorifico, a seguir o desktop... Garanto-vos que conforme forem destralhando a vossa casa irão sentir-se melhor convosco próprias (sensação de missão cumprida) e isso dá-nos alento para continuar. Na minha opinião, o primeiro passo para uma casa organizada é destralhar porque nem a Martha Stewart consegue organizar tralhas!
 
Se não for pedir muito, digam-me se acham útil este tipo de post - apesar de não ser a Martha Stewart tenho algumas dicas sobre o tema da organização que funcionam bem comigo e terei todo o gosto em partilhar - assim como gostaria de descobrir as vossas.



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